Pesquisa revela os riscos que empresas e funcionários estão expostos por não implementarem adequadamente medidas de proteção contra golpes online

Cerca de 40% das empresas brasileiras não têm políticas de cibersegurança estabelecidas ou não informaram seus colaboradores de sua existência, mostra estudo realizado pela Kaspersky, empresa global de cibersegurança, em parceria com a CORPA, organização internacional de pesquisa. O relatório mostra ainda que apenas 45% das organizações brasileiras já implementaram regras para essa área, enquanto 15%, apesar de já as terem, não obrigam os profissionais a cumpri-las.
A Colômbia é o país em que as empresas são mais cautelosas – mais da metade delas conta com diretrizes internas obrigatórias de segurança da informação. Brasil (45%) e Chile (41%) ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, seguidos por México (39%) e Peru (38%). Em último lugar está a Argentina, onde apenas uma em cada três empresas têm medidas deste tipo.
O levantamento também mostra que 49% dos funcionários brasileiros acessam a rede interna da empresa que trabalham tanto no computador corporativo quanto em seus dispositivos pessoais e, em média, 12% não possuem soluções de segurança para manter os dispositivos protegidos contra ciberameaças. Neste quesito, o Brasil lidera o ranking dos países latino-americanos com trabalhadores sem proteção no celular, seguido pelos chilenos (10%).
Além disso, o estudo também revela que um em cada dez funcionários latino-americanos tende a aceitar ou clicar em um link suspeito, utilizando um dispositivo de sua empresa, caso lhe ofereçam US$ 30 mil. Os mais dispostos a realizar a ação são os argentinos, com um em cada cinco colaboradores propensos a clicar em links inseguros em troca de dinheiro; seguido pelos peruanos (12%), chilenos (9%), colombianos (8%) e mexicanos (7%). Os mais cautelosos, entretanto, são os brasileiros, com apenas 6% cogitando aceitar oferta similar.
Já um em cada cinco funcionários brasileiros avaliaria conectar o dispositivo de sua empresa a uma rede desconhecida, em um aeroporto, por exemplo, para ter melhor conexão. Os argentinos são os mais dispostos a fazer isso, sendo um terço dos entrevistados; enquanto isso, apenas 21% dos mexicanos e brasileiros pensariam nessa alternativa. Os resultados deste estudo fazem parte da campanha de conscientização ‘Iceberg Digital’, cujo objetivo é analisar a atual situação da segurança dos internautas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, bem como desvendar os riscos que empresas e usuários finais enfrentam quando se conectam à rede de forma despreocupada.