Os Estados Unidos, em parceria com três aliados do grupo Five Eyes (Austrália, Canadá e Nova Zelândia) publicaram novas diretrizes para proteger as infraestruturas de telecomunicações do mundo inteiro de possíveis ataques cibernéticos chineses. As diretrizes estão numa publicação intitulada “Enhanced Visibility and Hardening Guidance for Communications Infrastructure”, e foram motivadas por ataques recentes descobertos pela CISA e FBI, que permitiram o acesso de hackers chineses a dados de um milhão de assinantes nos EUA. As recomendações incluem melhorias na visibilidade de rede, monitoramento de atividades suspeitas e adoção de práticas avançadas de gerenciamento.
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Além das orientações de segurança, os EUA impuseram novas sanções tecnológicas à China, visando limitar sua capacidade de desenvolvimento de semicondutores e outras tecnologias avançadas. Entre as medidas, destacam-se controles sobre equipamentos de fabricação, adição de empresas chinesas à lista de restrições e novas regras para regular ferramentas de software críticas. Autoridades americanas afirmaram que as sanções buscam conter a modernização militar da China, mas também refletem uma estratégia para manter a liderança global em tecnologia diante de uma crescente rivalidade geopolítica.
As reações às medidas são polarizadas. Enquanto a mídia estatal chinesa minimiza seu impacto, especialistas independentes sugerem que as sanções podem ser eficazes, mas à custa de um crescimento econômico global reduzido. A disputa tecnológica entre EUA e China está gradualmente dividindo o mundo em esferas de influência rivais, criando um ambiente menos colaborativo para a inovação e o comércio internacional.