Cerca de 300 mil hackers estão disponíveis para combater a Rússia em defesa da Ucrânia. Esse é o total inscrito um grupo do Telegram chamado de “Tropas Ucranianas de TI”, no qual os participantes recebem tarefas destinadas a combater as ações do presidente russo Vladimir Putin e recursos militares ou estratégicos da Rússia. A informação foi dada numa entrevista ao jornal The Guardian pelo CEO da empresa Netblocks, Alp Toker.
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A NetBlocks monitora a conectividade global com a internet, e segundo Toker o esquadrão de hackers espalhados pelo mundo conseguiu interromper muitos serviços da web russos. Há segundo ele informações de que os sites do Kremlin e da Duma (a câmara baixa do parlamento russo) estão parados desde o início do ataque à Ucrânia. Além disso, sites de serviços de mídia estatais, de vários bancos e da gigante de energia Gazprom também foram atingidos.
“Ataques de crowdsourcing conseguiram interromper serviços do governo russo e sites de mídia apoiados pelo estado”, disse o diretor da NetBlocks na entrevista.
Toker acrescentou que a Rússia vem tentando mitigar ataques e deter hackers filtrando o acesso a determinados sites. No entanto, isso causa mais distúrbios.
Para piorar a situação da Rússia, o vice-primeiro-ministro e ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, usou sua conta no Twitter para pedir aos executivos das maiores empresas de tecnologia do mundo que cortem os laços com a Rússia. Em 26 de fevereiro, Fedorov enviou um link para um grupo do Telegram criado pelo departamento de seu ministério para criar uma tropa de TI.
Um dos voluntários que se interessou em se juntar ao grupo foi um adolescente suíço chamado Kali (nome fictício e não por acaso o nome da distribuição do Linux específica para hackers). Embora a Suíça mantenha há muito tempo uma política de neutralidade militar, Kali foi levado a agir quando viu o tweet de Fedorov.
“Quero ajudar e usar minhas habilidades de ataque para ajudar a Ucrânia”, disse ele no Telegram. “Sou da Suíça, mas sou um hacker forte e sinto muito por todos os ucranianos. Fiz isso porque apoio a Ucrânia e quero ajudar. Acho que se hackearmos a infraestrutura da Rússia, eles vão parar, talvez , porque ninguém vai trabalhar novamente.”
Com agências de notícias internacionais