É zero – em 25% das empresas – o nível de preocupação com tratamento dos dados para que a empresa esteja em conformidade com a LGPD. Até o final do ano de 2020, apenas 19% das empresas haviam iniciado algum trabalho de adequação à nova lei e outros 20% alegaram apenas ter o conhecimento necessário sobre a aplicação dela. Essa é a situação encontrada pela ACSoftware, explica seu vice-presidente de vendas, Dyogo Junqueira, para quem o problema está muito longe de ser solucionado – embora a aplicação de multas já esteja também em vigor.
O levantamento foi feito com cerca de 130 empresas de médio e grande portes, explica Junqueira: “O número é alarmante. Em mais de 25% não se estava fazendo absolutamente nada em relação a isso”, diz ele. Em várias empresas, acrescentou o executivo, o desconhecimento era total: “Houve empresas onde as pessoas de TI comentaram que de fato haviam ouvido falar, mas que não haviam recebido nenhuma orientação da empresa – como se nada estivesse acontecendo. E sabemos que agora as multas já podem ser aplicadas”, alerta.
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Proteção de dados vai muito além da LGPD
Alcançar e manter a conformidade com a legislação dá trabalho mas é uma jornada que todas as empresas precisam fazer, ele explica. Proteção dos endpoints, levantamento de todos os processos e dados utilizados na operação ou armazenados pela empresa fazem parte das providências necessárias. Junqueira explica que não há uma receita de solução pronta para todas as empresas: “Tudo começa com entrevistas com o cliente, porque isso é um assunto multidisciplinar, é preciso envolver a área jurídica, até entendermos a situação em que a empresa está em relação à proteção de dados”, detalha.
Algumas vezes, a empresa já tem soluções implantadas que não são bem utilizadas, mas que poderão auxiliar na jornada em direção à conformidade: “Mas é preciso alcançar todos os detalhes. Nós temos um questionário com cerca de 130 perguntas que a empresa precisa responder para que assim possamos traçar um panorama e fazer resomentações do tipo ‘muste have e nice to have’, assim como identificamos itens que às vezes o cliente já tem mas que são desnecessários.
Ouça a entrevista completa em áudio: