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IA redefine segurança cibernética, aponta Netwrix

A Netwrix publicou seu Relatório Global de Tendências de Segurança Cibernética 2025, com base em entrevistas com 2.150 profissionais de TI e segurança em 121 países. Os dados mostram que o avanço da inteligência artificial está moldando ativamente as práticas de segurança corporativa: 60% das organizações já integram IA à infraestrutura de TI e outras 30% consideram adotá-la em breve.

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Uma em cada três organizações (37%) já ajustou sua arquitetura de segurança para lidar com ameaças impulsionadas por IA. Além disso, 30% relatam uma nova superfície de ataque gerada pelo uso interno de IA, enquanto 29% enfrentam dificuldades com a conformidade devido a exigências de auditoria relacionadas à privacidade e segurança de dados nesses sistemas.

Segundo Jeff Warren, diretor de produtos da Netwrix, os ataques baseados em identidade continuam crescendo em sofisticação, com destaque para o abuso de identidades máquina a máquina, contorno de autenticação multifator, uso de deepfakes e criação de identidades sintéticas. Dirk Schrader, VP de pesquisa da empresa, destaca a importância de proteger o ciclo de vida completo dos modelos de IA, adotando uma abordagem de Confiança Zero que assume a possibilidade de interações maliciosas, mesmo internas.

O levantamento mostra ainda que os incidentes de segurança estão mais frequentes e custosos: 51% das organizações sofreram um ataque que exigiu resposta dedicada nos últimos 12 meses. A parcela de empresas que não foram impactadas por incidentes caiu de 45% em 2023 para 36% em 2025. Os danos financeiros também aumentaram: 75% dos entrevistados relataram prejuízos, e o número de organizações que enfrentaram perdas de US$ 200 mil ou mais subiu de 7% para 13%.

A Netwrix ressalta que, além dos custos diretos, as violações também comprometem propriedade intelectual, cronogramas de produtos e a confiança do mercado. Danos que se tornam evidentes no médio e longo prazo, especialmente em setores onde a inovação é o diferencial competitivo.